Como eu havia prometido, aí vai mais um capítulo da minha vida registrado nas páginas das minha agendas. Uma vez por mês tentarei de não esquecer da tag.
Hoje vou contar um pouquinho sobre o dia que eu me apaixonei platonicamente pelo Papai Noel, ou…quase isso.
Meados de 92 e a minha primeira festa a fantasia estava prestes a começar. Eu com uma roupa de “Yasmin” (na época era só odalisca mesmo) desenhada por mim e feita pela minha mãe, sapatilhas e um enorme rabo de cavalo bem no alto da cabeça. Estava frio, mas quem liga para isso quando se é adolescente e sonha com a festa perfeita e o encontro com um possível Aladdin.
Cheguei sozinha e encontrei com as amigas no tal clube, entramos para a festa e corremos para o banheiro retocar a maquiagem (que naquele tempo, era um batom e uma máscara de cílios e muita sombra azul para combinar com a fantasia).
Música bombando, luzes coloridas e fumacinha de cereja. O povo dançando e os grupinhos indo de um lado para o outro do salão (o esquema era “não parar jamais” até ter um bom motivo para isso rs).
Até que eu dei de cara com o “Papai Noel”. Sabe aquele carinha meio surfista que não tinha roupa para ir no baile a fantasia, catou a primeira touquinha vermelha de Papai Noel que viu na frente e foi ? Pois é…esta era a tal figura.
Moreno, alto, olhos verdes, cabelos lisos, longos e levemente loiros queimados do sol. Sim, eu me apaixonei kkk. Aliás, incrível lembrar como eu me apaixonava fácil por figuras deste tipo, mas enfim…
Por alguns segundos eu não ouvi a música, só via aquela obra de arte na minha frente e tinha vontade de dizer o quanto eu havia sido uma boa menina naquele ano. Óbvio que ele nem percebeu a minha humilde presença e a festa continuou. Passei na frente dele algumas vezes e depois em casa não parava de pensar no meu Papai Noel as avessas.
E por obra do destino, nas próximas festas que eu fui naquele ano, o bendito sempre estava presente. Horas acompanhado, horas na pegação, mas sempre gato. Quanto a mim, hum, nem sequer uma olhadinha, e olha que eu sempre passava “sem querer” perto dele.
Quase dois anos depois, eu menos criança, namorando, fui fazer o colegial em outra escola e com quem eu dou de cara…..sim, o próprio. Para deixar a situação ainda mais cômica, ele virou amigo do meu namorado da época, que também foi estudar na mesma escola ;)
Um dia quando fui encontrar meu namorado na classe dele, o amigo todo gracioso olhou para a mocinha compromissada aqui, deu um sorriso e se despediu do meu namorado com uma cara de peste dizendo….“Falou ai… “sócio”!!!
Oi ???? Sócio??? Ele me viu? Reparou em mim? E eu namorando???
Sim minha caras, esta é a vida real rs*. Assim que as coisas acontecem depois do “Once Upon a Time…”. De princesa e odalisca, só restou a minha fantasia de voal e cetim. Nada de Papai Noel, nem Aladdin ;)
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